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Cinecastro / Televox foi um estúdio de dublagem de dublagem brasileiro.


História[]

Iniciada em 1960 no Rio de Janeiro, a CineCastro foi um dos primeiros estúdio de dublagem no Brasil, na época de sua fundação existia apenas 2 estúdios de dublagem no Rio, os estúdios de cinema da CineLab em São Cristóvão, e a Riosom no Centro do Rio.

A CineCastro inicialmente iria ser fundada pela montadora de filmes, roteirista, cineasta e diretora italiana Carla Civelli. Foi aí que com a ajuda do produtor de cinema Aloísio Leite Garcia que Carla conseguiu criar a empresa. Provavelmente entrou como sócia de Aloísio, mas não expunha isso, já que era estrangeira e podia ter problemas judiciais por conta disso, problemas esses que Carla sofreu quando tentou criar a empresa em seu nome, sofrendo ameaças da Herbert Richers, que sabia dessa questão.

Situada no bairro do Jardim Botânico no Rio de Janeiro, na rua Jardim Botânico, Numero 178, a CineCastro inicialmente começou a trabalhar para o cinema nacional.

Na casa, Carla foi diretora artística e diretora de dublagem. Logo após a criação da empresa, foi contratado o técnico de som do cinema nacional Alberto Elias, assim começando a história da CineCastro.

Em Junho de 1960, contrataram para a empresa o mixador Spyros Saliveros.

Na época de origem da empresa, ainda não eram usadas as narrações dos nomes das empresas, talvez para não ofuscar o brilho das produções originais, e assim usavam o slogan da empresa após a apresentação ou encerramento da série ou filme, pratica essa iniciada com a Riosom e passada para as demais.

Por volta de 1961/62, talvez pelo advento da lei criada pelo presidente em exercício na época Jânio Quadros de que a dublagem teria de ser obrigatória para a TV, eles começaram a narrar o nome da empresa, e assim começou a aparecer os narradores fixos das empresas.

Sendo a CineCastro formada por atores de rádio, TV, cinema e teatro, também teve momento de perda desses profissionais, praticamente só os atores de rádio continuaram, já que a profissão de rádioator foi decaindo, e muitos não queriam e não tinham perfil para TV, cinema e teatro, podemos dizer que essa fase ocorreu com todas as empresas de dublagem da época. Outro fator que marca a CineCastro é por volta de 1966, quando há uma crise na AIC em São Paulo, e vários profissionais gabaritados da empresa vêem para o Rio de Janeiro trabalhar em dublagem, e alguns acabam vindo trabalhar na CineCastro, o que é o caso em especial de Ary de Toledo.

Ary foi trabalhar na TV Cinesom, empresa gerenciada por ex-dubladores paulistas, mas acabou conhecendo a CineCastro, e lá viram seu grande potencial interpretativo, narrativo e artístico, se tornando um dos grandes dubladores da empresa, um dos principais diretores de dublagem e o narrador oficial da empresa por alguns anos. Sua capacidade vocal era incrível, e sua mudança de voz era algo fantástico.

Por volta de começo dos anos de 1970 a empresa se transfere para a Rua da Passagem em Botafogo.

Com o final da TV Cinesom por volta de 1971, muitos profissionais começaram a migrar para a CineCastro, como Emerson Camargo e Henrique Ogalla. Nessa época interessou a Carla abrir uma filial em São Paulo, para ampliar seus trabalhos no ramo, também pegando os excelentes profissionais paulistas. Para isso pediu para Carla Civelli se encarregar disso, à qual chamou o excelente Emerson Camargo para abrir uma filial da empresa em São Paulo, o qual o fez abrindo-a na Rua Sta. Cecília no bairro da Santa Cecília no centro de São Paulo, no segundo andar de um edifício. Com Emerson foi seu pai Wolner Camargo e sua irmã Cristina Camargo que haviam ido para o Rio no final dos anos de 1960.

Em 1973 sai Emerson Camargo da empresa e fica em seu lugar o dublador e diretor José Miziara que já trabalhava na empresa desempenhando essas funções, mas fica alguns meses, saindo para ir dirigir no Rio à mando de Carla Civelli e deixa em seu lugar Carlos Campanile, que também dirige na empresa, ficando mais alguns meses até o fechamento da cede paulista.

Em 1973, Carla Civelli se retira da empresa e vai para a Televox, de Paulo Amaral. Alberto Elias também se retira da CineCastro e vai trabalhar na Rede Globo. Apenas o mixador Spyros Saliveros continua na mesma. Ainda no mesmo ano, Paulo Amaral compra a CineCastro, e em 1974 a batiza também de Televox. Apesar da empresa ter um novo dono, o estúdio não conseguiu sobreviver por conta da enorme concorrência, e fecha as portas em meados de 1975.